or
volta de 1099, alguns mercadores de
Amalfi fundaram em
Jerusalém, sob a regra de S. Bento e com a indicação de Santa
Maria Latina, uma casa religiosa para recolha de peregrinos.
Anos mais tarde construíram junto dela um hospital que recebeu,
de Godofredo de Bulhão, doações que lhe asseguraram a
existência, desligou-se da igreja de Santa Maria e passou-se a
formar congregação especial, sob o nome de São João Baptista.

Em 1113, o Papa nomeou-a congregação, sob o
título de São João, e deu-lhe regra própria. Em
1120, o francês Raimundo de Puy, nomeado
grão-mestre, acrescentou ao cuidado com os
doentes o serviço militar.
Assim é a origem da Ordem dos Hospitalários ou
de São João de Jerusalém, designada por Ordem de
Malta a partir de 1530, quando se estabeleceu na
ilha do mesmo nome, doada por Carlos V do Sacro
Império Romano-Germânico. |
Ordem de aristocratas, nunca teve entre os seus
cavaleiros pessoas que não pertencessem à fidalguia. O
hábito regular consistia numa túnica e num grande
sobrepeliz
negro, no qual traziam pregada, uma cruz de ouro, com
esmalte branco. Após as reformas de 1202/1204,
protagonizadas pelo grão-mestre D. Afonso de Portugal,
filho de D. Afonso Henriques, seria o hábito alterado
para o sobrepeliz vermelho com a cruz branca.
Os Hospitalários tomaram parte nas Cruzadas e tinham seu
hospital em Jerusalém. Mesmo depois do fim das Cruzadas,
a ordem continuou. Enfrentou o Império Otomano em
diversas batalhas, como a Batalha de Lepanto e o Cerco
de Rodes.
|
A Ordem na Península Ibérica
e
início, na Península Ibérica, havia uma só sede
(língua), a de Aragão, que englobava os reinos de
Portugal, Leão,
Navarra, Aragão e
Castela. Em
Portugal, entre os bens da ordem, tinha especial
importância o
priorado do Crato. Os reis viram receosos,
crescer o poder dos senhores do
Crato, que se
acentuou mais com a rebelião de
D. Nuno Gonçalves
contra a regência do Infante
D. Pedro (1392-1449).
D. João III,
por morte do Conde
de Arouca, doou o priorado a um membro da família
real, o Infante D.
Luís, em 1528,
que se intitulou grão-prior. Então o Rei, com vista a
futuros protestos, consegue do
papa Júlio III
a bula de
1551, que
D. António,
filho natural do infante, fosse nomeado sucessor do pai.
D. Maria I
consegue do Papa a independência do grão-mestrado de
Malta e, poucos anos depois, o mesmo Papa decretou por
bula em 1793
que, assim como pelo lado temporal o grão-priorado de
Portugal ficaria isento de qualquer interferência de
Malta, também pelo lado espiritual dependeria apenas da
Santa Sé.
Assim, D. Pedro
e D. Miguel
foram grãos-priores do Crato. A ordem foi extinta em
1834 e os
bens incorporados na
Fazenda Pública.

Preços sob consulta
|
|